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Deivson Vidal comenta: Indenizações seguem em disputa após quase nove anos do desastre em Mariana

Deivson Vidal comenta: Indenizações seguem em disputa após quase nove anos do desastre em Mariana

Fala pessoal, aqui quem está falando é o Deivson Vidal, e hoje vamos falar sobre o problema das indenizações do desastre em Mariana, que quase nove anos depois, ainda segue gerando dor de cabeça pra muita gente.

Então, relembrando, a barragem de Fundão, em Mariana, pipocou em 2015 e a lama toda contaminou geral nos distritos mineiros de Novo Bento Rodrigues e Paracatu.

O tempo passou e, cerca de 85% das realocações foram feitas, mas tem algumas pessoas que não abaixaram a cabeça e levaram a situação para a justiça. O problema é grande, viu?

Como a professora Ana Maria Nusdeo, que é especialista em Direito Ambiental da USP explicou, um desastre desse tamanho faz um estrago com efeito dominó.

Esse desastre afetou mais de dois milhões de pessoas e gerou uma rede complexa de problemas, muitos perderam sua moradia, muita gente ficou sem água e outros perderam suas formas de ganhar a vida.

E tem uma verdade dura de engolir: as comunidades, na luta pelos seus direitos, aprenderam na marra como o sistema judiciário funciona. Esses atingidos ganharam expertise e se tornaram verdadeiros mestres em navegar nesse mar de burocracia e lei.

Na minha opinião, eu Deivson Vidal penso que muitos se cansaram da enrolação e resolveram tentar um caminho mais solo, buscando diretamente na justiça seus direitos, com a demora nas compensações levou muitos a caírem fora do barco coletivo e irem em busca de uma solução individual.

Ah, e sabe o que é louco? Tem processo acontecendo na Inglaterra também. A BHP Billiton, gigante que estava metida no desastre, tem sede lá. Mas, galera, não é porque é no exterior que vai ser mais rápido ou melhor.

E o processo inglês não pausa e nem cancela o que acontece aqui no Brasil, essa dupla de processos pode até ajudar nossa justiça a se modernizar, que é um aprendizado mútuo.

Enfim, é um grande aprendizado para todo mundo envolvido. Eu, Deivson Vidal acho que o caso de Mariana ainda tem muito pano pra manga, e a gente continua de olho compartilhando os problemas e as vitórias dessa luta pela reparação.

Como estão alguns dos sobreviventes

Com certeza esse desastre mudou a vida de muita gente.

Romeu Geraldo, por exemplo, é o líder da associação de moradores de Paracatu de Baixo, um dos bairros mais afetados pelo rompimento da barragem de Fundão. Nove anos se passaram e ele finalmente conseguiu uma nova casa e virou comerciante em Paracatu, o novo distrito de Mariana.

E olha só, do antigo bairro só restou uma quadra, uma escola e uma igreja, e a comunidade ainda fez questão de preservar, limpando e mantendo o espaço pras missas.

Isso tudo porque, segundo Romeu, é essencial manter os costumes das gerações passadas, o pai dele, que morreu com 93 anos, nasceu, cresceu e foi sepultado lá. Esse resgate das origens é algo que eles não querem perder de jeito nenhum.

E tem também a Luciene Alves, ela escolheu não voltar mais para Bento Rodrigues, outro bairro devastado. Junto com o marido e a filha, foram os primeiros a pegar as chaves da casa em Novo Bento Rodrigues, em abril de 2023.

É um misto de alívio e esperança, sabe? No início, eles estavam sozinhos, tudo era muito novo e assustador.

Mas agora, com a chegada dos antigos vizinhos, ela diz que está começando a se sentir em casa de novo, o ambiente pode ser novo, mas a interação e a comunidade fazem toda a diferença.

A luta dessas comunidades de Mariana é constante, viu? Romeu diz que não esquece e está na batalha até hoje para alcançar os objetivos de todos.

E não é só sobre conseguir dinheiro, eles querem reconstruir suas vidas, retornar ao que eram antes. Mesmo que nunca seja igual, alcançar pelo menos uns 60, 70% do que tinham já seria um grande alívio pra eles.

É preciso entrar num acordo possível porque as ações de reparação nunca vão conseguir resgatar tudo o que foi perdido culturalmente e emocionalmente.

Não existe uma justiça absoluta nesse caso e o inconformismo das comunidades deve ser respeitado. Isso nunca vai ser resolvido por completo, é uma marca permanente na vida das pessoas.

Então é isso, gente, é um desafio gigante restaurar as vidas e a dignidade dessas comunidades.

Espero que esse bate-papo ajude a gente a entender melhor as nuances e a gravidade do que esse pessoal de Mariana está enfrentando. Forte abraço, aqui foi o Deivson Vidal.

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